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VIAJANDO PARA O EXTERIOR DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Larissa Bona • Feb 16, 2021

RESSALVA LEGAL: Este artigo não tem como objetivo fornecer qualquer parecer médico ou opinião técnica sobre o COVID-19, pois não sou médica e nem uma especialista qualificada nesse assunto. Este texto é apenas um testemunho da minha experiência pessoal de quando viajei de avião para o exterior durante a pandemia e as medidas preventivas que decidi tomar para me proteger do vírus após fazer uma pesquisa online em alguns sites especializados. Todos os links da minha pesquisa estão listados no final deste post. Se você quiser aconselhamento especializado sobre o assunto, por favor, consulte um profissional e faça sua própria pesquisa.

 

Pegar um VÔO para VIAJAR PARA O EXTERIOR nunca é o primeiro passo de uma VIAGEM INTERNACIONAL. Com efeito, sempre que alguém decide viajar a outro país, não importa qual seja a sua motivação (lazer, trabalho, migração e etc.), há uma fase de planejamento que precisa ser cumprida antes de se embarcar em um AVIÃO.

 

Entretanto, em tempos como o que vivemos, no qual enfrentamos a pior PANDEMIA global desde a Gripe Espanhola (1918-1919), pareceu-me apropriado falar sobre o quão desafiador foi para mim entrar em uma AERONAVE para vir ao México.

 

O primeiro obstáculo que enfrentei foi o próprio surto da PANDEMIA, porque a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) reconheceu a COVID-19 como uma crise de saúde mundial apenas três semanas antes da data do meu VÔO.

 

Consequentemente, eu fui forçada a cancelar minha viagem, não somente porque não havia muita informação a respeito do vírus na época e as fronteiras dos países foram fechadas, mas também porque alguns dos meus familiares que iriam inicialmente viajar comigo pertenciam ao grupo de risco.

 

Eu esperei até julho de 2020 até que a situação se acalmasse mais e remarquei minha passagem para Agosto de 2020 (desta vez viajaria sozinha).

 

Porém, devido a restrições de saúde pública tanto no Brasil quanto no México, e, provavelmente, por falta de passageiros para compensar os custos do VÔO, este foi cancelado e remarcado três vezes antes que eu pudesse finalmente embarcar em um AVIÃO no dia 17 de setembro de 2020.

 

Assim, uma vez que meu VÔO foi finalmente confirmado, minha principal preocupação passou a ser tomar todas as medidas necessárias para me assegurar que eu não me infectaria na viagem.

 

Como meu Estado natal no Brasil é o Piauí, o qual não possui um AEROPORTO INTERNACIONAL, eu teria que pegar dois VÔOS domésticos dentro do território brasileiro antes de poder pegar o VÔO INTERNACIONAL para o México.

 

Isso significava que eu ficaria confinada em espaços fechados com pessoas desconhecidas por várias horas e também passaria bastante tempo em quatro AEROPORTOS diferentes, ou seja, eu estaria sujeita à exposição ao vírus em inúmeras ocasiões.

 

Por isso, comecei a pesquisar na internet o que eu poderia fazer para me proteger, não apenas porque eu, obviamente, não queria adoecer, em especial em outro país e depois de não encontrar nenhum SEGURO DE VIAGEM que cobrisse despesas de saúde com COVID-19, mas também porque uma das minhas anfitriãs no México era uma senhora de 81 anos de idade. Então, eu tinha que ser extremamente cuidadosa.

 

Apesar de que o principal conselho encontrado na minha pesquisa tenha sido “EVITE AVIÕES E AEROPORTOS DURANTE A PANDEMIA, SE PUDER”, eu encontrei informações bastante úteis para minha viagem.

 

Quando se tratava dos AEROPORTOS, as instruções gerais encontradas online eram manter o DISTANCIAMENTO SOCIAL, usar MÁSCARAS e evitar banheiros públicos.

Larissa Bona usando uma máscara e um face shield

Portanto, durante todo o tempo que passei em AEROPORTOS, eu nunca tirei nem minha MÁSCARA e nem meu FACE SHIELD, eu sempre tratava de ficar distante das outras pessoas, especialmente nas filas, e evitei ao máximo ir ao banheiro, porque o aerossol das descargas podem espalhar o vírus no ar.  


Eu somente fui ao banheiro no AEROPORTO uma única vez, em São Paulo, usando óculos de sol para proteger os olhos, lavei bem as mãos e desinfetei minha bolsa com ÁLCOOL EM GEL quando saí do banheiro.


Ressalto que as filas de embarque e desembarque foram muito bem conduzidas em todos os VÔOS, com o devido cuidado com o DISTANCIAMENTO SOCIAL, exceto quando cheguei em Brasília, onde todos os passageiros foram amontoados em ônibus que nos levaram do AVIÃO até o AEROPORTO


A propósito, falando em AVIÕES, eu descobri na minha pesquisa que o ar dentro das cabines das aeronaves pode ser mais limpo até do que em salas de cirurgia por conta dos FILTROS HEPA.


Na verdade, HEPA é a sigla em inglês para HIGH-EFFICIENCY PARTICULATE AIR, ou seja, FILTRAGEM DE PARTÍCULAS DE ALTA EFICIÊNCIA em português, e esses filtros podem capturar 99,5% de toda a poluição de partículas de um ambiente, incluindo vírus e bactérias.


Além disso, o sistema de ventilação da maioria das aeronaves permite que o ar da cabine seja completamente renovado a cada três minutos com uma combinação de ar filtrado com ar fresco externo.

 

Esta foi uma descoberta surpreendentemente boa, porque isso significa que as cabines de aeronaves não são tão perigosas como eu pensava. 


Contudo, deve-se destacar que a OMS alerta que “a ventilação adequada é apenas UMA das medidas preventivas” que se pode tomar em VÔOS, o que implica que outras medidas como DISTANCIAMENTO SOCIAL, o uso de MÁSCARAS e outros EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs), e a HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS também devem ser adotadas.


No meu caso, eu viajei usando uma MÁSCARA (o que foi exigido obrigatoriamente por todas as companhias aéreas em que voei) e um FACE SHIELD, que eu somente removia para comer. 

PANOS UMEDECIDOS DE ALCÓOL ISOPROPÍLICO 70%

Eu também trouxe um pequeno SABONETE (uma precaução para o caso de o ALCÓOL EM GEL ser proibido a bordo) e PANOS UMEDECIDOS DE ALCÓOL ISOPROPÍLICO 70%  na bolsa para limpar minhas mãos e desinfetar superfícies nos AVIÕES e AEROPORTOS como maçanetas, descargas, cintos de segurança, apoios de braço, bandejas de mesa e etc.


Eu só fui ao banheiro uma vez dentro dos AVIÕES, durante as dez horas de VÔO entre São Paulo e a Cidade do México, quando não havia nenhuma aglomeração perto dos banheiros e desinfetei tudo lá dentro com PANOS UMEDECIDOS DE ALCÓOL antes de usá-lo. Também lavei minhas mãos com cuidado. 


Em relação ao DISTANCIAMENTO SOCIAL dentro das AERONAVES, este só aconteceu de forma adequada nas duas horas de VÔO do trecho entre Teresina e Brasília, pois todos os assentos do meio de todas as filas estavam vazios. 


Infelizmente, o mesmo não ocorreu nos VÔOS de Brasília a São Paulo e de São Paulo à Cidade do México, os quais estavam lotados e foi o único incômodo que tive. Com exceção deste fato, posso afirmar que tudo correu bem em todos os VÔOS


Não posso dizer o mesmo sobre a FILA DE IMIGRAÇÃO quando cheguei ao México. Embora a equipe do AEROPORTO estivesse medindo a temperatura de todos, não havia DISTANCIAMENTO SOCIAL e nem ventilação adequadas no local, que por sua vez estava abarrotado de pessoas provenientes de vários VÔOS e países.


Depois que finalmente recolhi minha bagagem e encontrei com minha amiga que me esperava fora do AEROPORTO, mudei minhas roupas no estacionamento e tomei um “banho” de desinfetante antisséptico, antes de me isolar voluntariamente por quinze dias.


Estas mais de duas semanas de quarentena não foi uma exigência das autoridades mexicanas, mas sim uma precaução que tomei para proteger minhas anfitriãs de uma eventual infecção por COVID-19 que pudesse ter ocorrido durante a viagem. 


Eu exagerei com minhas medidas de autoproteção? Eu não sei. Talvez sim, talvez não. Mas o que de verdade sei é que cheguei sã e salva ao México e bem saudável e isso é o que mais importa para mim. Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.


*Minha viagem aconteceu em setembro de 2020 e, desde então, muita coisa mudou. Por exemplo, quando eu vim para o México, não se exigia a apresentação de testes de COVID-19 para entrar no país. Mas, se hoje, eu quiser voltar para o Brasil, eu vou precisar apresentar um teste negativo com certa data de validade para poder pegar o vôo. Então, se você for viajar para o exterior durante a pandemia, por favor, não deixe de checar tanto o site da companhia aérea quanto o da Embaixada do país para o qual você vai viajar, com antecedência, para verificar se existem e quais são os requisitos de entrada relacionados à pandemia. 


REFERÊNCIAS


https://smartairfilters.com/en/blog/what-is-hepa-filter-how-hepa-filter-work/ 

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/question-and-answers-hub/q-a-detail/travel-q-a-for-general-public

https://www.health.harvard.edu/blog/how-risky-is-using-a-public-bathroom-during-the-pandemic-2020071420556

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